Marcos de desenvolvimento típicos e estimulação para crianças com Síndrome de Down

Muitos fatores influenciam o desenvolvimento de uma criança – principalmente as experiências sociais, como conversar, sorrir, o amor e a segurança que ela recebe – e, como qualquer outro bebê, a criança com síndrome de Down nasce pronta para aprender.

Os pequenos com trissomia do cromossomo 21, geralmente, seguem o mesmo padrão de desenvolvimento que as crianças sem SD, mas em um ritmo mais lento em algumas áreas. Portanto, pais e professores precisam estar atentos para ajudar, sempre que necessário.

Nesta área, você encontra os marcos que devem ser alcançados por idade, mas lembre-se, isso é apenas uma referência, já que todas as crianças – com trissomia 21 ou não – se desenvolvem em seu próprio tempo.

Síndrome de Down

Comunicação

A comunicação começa quando seu bebê olha para você e sorri. Depois, aprende a balbuciar, em conversas com você. Ela diz respeito a todas as mensagens verbais e não verbais, desde que o ouvinte as entenda.

Em geral, as crianças com SD demoram um pouco mais para falar. No entanto, a comunicação vai além disso: é fundamental que o pequenino aprenda a se expressar, seja por meio de palavras, gestos ou outras formas de linguagem. Para ajudar seus filhos, os pais devem estimulá-los sempre que possível, envolvendo-os em atividades que favoreçam o desenvolvimento da comunicação. É importante também ficar atento com possíveis problemas auditivos, que são relativamente frequentes em crianças com síndrome de Down e podem comprometer a sua capacidade de expressão. 

Denvolvimento socioemocional

Crianças com trissomia 21 desenvolvem suas habilidades socioemocionais no mesmo ritmo que os pequenos sem a síndrome e costumam ser bastante sociáveis. Mas por causa do desenvolvimento motor mais lento das crianças com SD, pais e cuidadores precisam ajudá-las em como utilizar alguns objetos e brinquedos.

Comportamento

Criar essas rotinas no primeiro ano de vida é um passo importante no estabelecimento de limites e para ajudar a criança a controlar o próprio comportamento. Cerca de um terço das crianças com SD em idade pré-escolar pode apresentar problemas de comportamento – isso costuma ocorrer porque elas ainda não conseguem se comunicar de maneira eficiente. É importante impor limites porque estudos demonstram que as crianças com a SD que apresentam problemas de comportamento aos três anos de idade costumam progredir mais lentamente na escola, supostamente porque não conseguem ficar quietos em sala de aula, ouvir, e se beneficiar das oportunidades de aprendizagem. O comportamento adequado à idade também é importante quando se fala de inclusão e facilita a convivência da criança com outras, em uma escola regular.

Desenvolvimento motor

O controle motor e de nosso corpo influencia tudo o que fazemos. Os bebês nascem com pouco controle motor e, aos poucos, adquirem habilidades como sustentar a própria cabeça, rolar, sentar, se arrastar, engatinhar e andar. Todos os bebês com SD devem ser acompanhados por um fisioterapeuta especialista em crianças com trissomia 21 desde cedo, para estimular seu desenvolvimento motor amplo. Mais tarde, um terapeuta ocupacional poderá ajudar no desenvolvimento motor fino, como o uso de talheres, ou a habilidade de desenhar e escrever.

Desenvolvimento cognitivo

O desenvolvimento cognitivo precoce chama-se desenvolvimento sensório-motor, pois se dá no período em que as crianças exploram o mundo com seus sentidos. Para se tornar independente, qualquer criança precisa desenvolver suas habilidades motoras finas. 

Portanto, as crianças com trissomia 21 vão demorar mais a segurar um copo sozinhas, ou uma colher, para poder comer sem ajuda. Mas o progresso também é influenciado pela prática, portanto, é importante deixar as crianças se alimentarem sozinhas, mesmo que a bagunça seja muita. O mesmo princípio se aplica a deixar que elas escovem os dentes, lave as mãos e tomem banho sozinhas, além de ir ao banheiro sozinhas. Elas vão levar mais tempo, mas vão aprender com a prática.A Dra. Anna Paula Baumblatt é pediatra especialista em síndrome de Down e responsável pelo AmbDown, ambulatório multidisciplinar de SD do Hospital Universitário Pedro Ernesto, local que oferece acolhimento, orientação e tratamentos para os pais e crianças. Clique aqui e agende sua consulta!


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