Confira alguns mitos e verdades sobre a síndrome de Down e perguntas recorrentes entre mães e pais dessas crianças:
Confira alguns mitos e verdades sobre a síndrome de Down e perguntas recorrentes entre mães e pais dessas crianças:
Não é apropriado atribuir culpa a nenhuma pessoa pela ocorrência da Síndrome de Down em uma criança. A Síndrome de Down é uma condição genética que ocorre devido à presença de um cromossomo extra (total ou parcial) no par de cromossomos 21. Essa alteração cromossômica geralmente ocorre de forma espontânea durante a formação dos óvulos ou dos espermatozoides, e não é resultado de ações específicas dos pais.
A idade materna avançada é um fator de risco para o nascimento de uma criança com Síndrome de Down, mas mesmo nesses casos não é apropriado atribuir culpa à mãe. É importante lembrar que a maioria dos casos de Síndrome de Down ocorre em mulheres jovens, pois elas têm mais filhos em geral.
É crucial abordar a Síndrome de Down de maneira sensível e respeitosa, promovendo a conscientização, o respeito e o apoio às pessoas com essa condição e suas famílias. Ao discutir a Síndrome de Down, é fundamental evitar qualquer forma de estigma, discriminação ou culpabilização.
Não existem “graus” de Síndrome de Down em termos de intensidade ou gravidade da condição. A Síndrome de Down é uma condição genética causada pela presença de um cromossomo extra, total ou parcial, no par de cromossomos 21. Essa alteração cromossômica afeta o desenvolvimento físico e cognitivo de forma variável em cada pessoa, resultando em uma ampla gama de características físicas e habilidades cognitivas.
Cada pessoa com Síndrome de Down é única e apresenta uma combinação única de características e habilidades. Alguns indivíduos podem ter maior atraso no desenvolvimento cognitivo, enquanto outros podem ter habilidades cognitivas mais próximas da média. Além disso, a gravidade das características físicas associadas à Síndrome de Down também pode variar.
Não utilize denominações como mongoloide, retardado, anjo ou especial, pois são pejorativas e capacitistas, retratando ou uma negação das limitações e potencialidades ou mesmo um eufemismo, com um olhar pouco realista. A pessoa não é a síndrome e a condição não a define. Assim, a melhor forma de se referir a alguém que tem uma deficiência ou síndrome de Down é pessoa com deficiência ou pessoa com síndrome de Down.
Não. As pessoas com síndrome de Down alcançam diferentes níveis de desenvolvimento e passam pelos processos do crescimento normalmente. Elas têm direito a viver as experiências do desenvolvimento, a adolescência, vida adulta, vida profissional, relacionamentos, namoro, casamento e precisam receber a educação adequada para a convivência em sociedade e para terem autonomia dentro do que dão conta.
Não se deve superproteger a criança, mas apostar no potencial dela e respeitar até onde ela dá conta de ir. Muitas vezes é a família que tolhe a pessoa com síndrome de Down de ter uma vida adulta com autonomia, não deixando que ela faça por si mesma. Mas deve-se saber o limite, a pessoa com síndrome de Down também não deve ser sobrecarregada, como se ela fosse se tornar igual ao restante da sociedade. Existem várias pessoas, com necessidades e potenciais diferentes e deve-se ter cuidado e delicadeza para avaliar o que é possível fazer.
É importante entender que cada criança com Síndrome de Down é única, e o desenvolvimento motor e da fala pode variar de uma pessoa para outra. Embora algumas crianças com Síndrome de Down possam apresentar atrasos no desenvolvimento motor e da fala, muitas delas conseguem aprender a andar e a falar com o devido apoio e intervenção adequada.
No caso do desenvolvimento motor, é comum que crianças com Síndrome de Down alcancem os marcos motores, como sentar, rolar, engatinhar e andar, em um ritmo mais lento do que seus pares típicos. No entanto, com terapia ocupacional e fisioterapia adequadas, muitas crianças com Síndrome de Down podem desenvolver essas habilidades motoras ao longo do tempo.
Quanto ao desenvolvimento da fala e da linguagem, é importante reconhecer que algumas crianças com Síndrome de Down podem ter dificuldades de articulação, vocabulário limitado ou atrasos na linguagem expressiva e receptiva. No entanto, a maioria delas é capaz de desenvolver habilidades de comunicação efetivas com terapia da fala, intervenção precoce e apoio contínuo.
É fundamental oferecer às crianças com Síndrome de Down uma variedade de oportunidades de estimulação, terapia especializada e apoio em seu desenvolvimento motor e da fala. Cada criança é única, e é importante avaliar e acompanhar individualmente o progresso e as necessidades de cada criança com Síndrome de Down, fornecendo intervenções adaptadas e apoio contínuo para maximizar seu potencial.
Não. Em 16 de Julho de 2015 É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), Lei n°13.146, destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. A partir deste momento fica assegurada a educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação.
A educação passa a constituir direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.
Tanto como dever do Estado quanto como dever das instituições privadas, de qualquer nível e modalidade de ensino fica vedada a cobrança de valores adicionais de qualquer natureza em suas mensalidades, anuidades e matrículas no cumprimento dessas determinações.
Não. Não tente criar um “superdown” como se a criança fosse se tornar igual às outras. Esse esforço de comparação não dá nenhum resultado positivo. Aposte no potencial, respeite até onde ela vai e eduque, mostre limites, faça o manejo que a paternidade e maternidade demanda. Enxergue a criança para além da deficiência. Respeite a individualidade de cada um.